sábado, 10 de abril de 2010

Ao amor


Amor, onde tu estás?
O anoitecer frio está.
Os dias já não são azuis como antes.
À noite, cada vez mais escura fica.
É triste não ter você aqui do meu lado.

Lembro-me dos momentos em que você comigo ficava.
Das risadas e do brilho que irradiavam de mim.
Conseguia sentir contigo a paixão e alegria da existência.
Sentimento único de almas que se desejavam.
Encanto palpável e impalpável.

Certo dilúculo sobreveio o desespero por não te ter comigo.
Chorei, gritei, fiz o que foi necessário até meu corpo padecer.
Hoje, a ferida da carne já cicatrizou, porém, a alma ainda machucada está.
Certo que, o imo que batia tão apressadamente para te ver, bate para viver.
O ar não é o mesmo e já não vejo beleza nos verdes campos.

Frígido tudo ficou.
A voz que tinha afabilidade e a respiração que era profunda e aquecedora.
Mas, da dor também tirei proveito, pois o insuportável se tornou suportável.
Nada será como antes, porém, devo seguir, sem olhar para os lados.
Um dia, quem sabe, encontrar-te-ei novamente e um sorriso tímido lançar-te-ei.