sábado, 29 de maio de 2010

Quiçá eu estivesse equivocado

                 Não é um anseio de rezingar, mas sim de elucubrar e analisar os pontos. Averiguar em qual nicho eu pertenço. Contudo, todos os períodos que faço isso, a minha conclusão é que não cheguei à conclusão alguma.
                 Para boa parte das pessoas é algo fácil. Saem, divertem-se e “uau”, com o perdão da expressão, habitam e jazem em plena orgia social. Ora, isso não é algo que me apetece. Será que viver fora das charolas “módicas” me torna tão além da coletividade?
                 Mesmo que eu tente me adaptar neste círculo, não consigo. Vezes me sinto, um estrangeiro nesta órbita.
                 Falam em moldes, em respeito, em convencionalismo, entretanto, o fato de me expressar de forma peculiar (como dizem, não?), me torna diferente e, quantas vezes me falaram “Rafael, você não pode ser assim, tem que falar da forma que as pessoas podem compreender.” Com base nessa citação, vejamos: então eu tenho que me adaptar às pessoas? Por que não pode ser diferente? Qual motivo é impeditivo para que elas possam se adaptar ao meu linguajar?
                 É um rotundo corrompido. Entender que ser assim, me torna “atípico”, para digamos 98% (noventa e oito por cento) da população.
                 Podem me titular de intricado, indomável, mas este sou eu. Mudar minha forma de ser para agradar alguma pessoa é absurdamente impensável. Não irei asilar os conselhos desta vida, a meu ver, abjeto. Enquanto existir palavras, afrontarei até o fenecimento.